GN 25: 22,23 – ARA
22 Os filhos lutavam no ventre dela; então, disse: Se é assim, por que vivo eu? E consultou ao Senhor. 23 Respondeu-lhe o Senhor: Duas nações há no teu ventre, dois povos, nascidos de ti, se dividirão: um povo será mais forte que o outro, e o mais velho servirá ao mais moço b.
Os filhos nascidos de você têm um propósito, nasceram para algo maior. Enquanto você tiver somente um olhar natural sobre eles, não conseguirá lançá-los ao seu destino profético. Deus tem algo especial e grande para cada um deles. Então, como mãe você precisa fazer algumas coisas, que veremos adiante.
Gerar envolve sacrifício, seja no aspecto da mãe natural, quanto no aspecto da mãe espiritual. Ir e fazer discípulos é gerar, pois o discipulado é um relacionamento de paternidade espiritual. Vemos isso no relacionamento do apóstolo Paulo com seu discípulo Timóteo, a quem ele chamava de verdadeiro filho na fé.
Cumprir a ordem de Deus de ser fecundo e multiplicar é estar disposto a gerar. Na nova aliança isso se traduz em fazer discípulos, investir em pessoas, treiná-las e enviá-las.
Mas vamos confessar que gerar é desconfortável, dói muitas vezes, temos que lidar com as frustrações, com as expectativas que não serão supridas, temos que vencer o desânimo, a incredulidade, o medo e acima de tudo, temos que sair da zona de conforto para dar à luz, não só a um bebê, mas dar a nossa vida de fato, para que eles possam ir além de nós, discipliná-los, ensinar sem desistir e amar até o fim. Esse é o nosso chamado.
Rebeca entendeu isso e podemos ver na vida dela em três atitudes.
1- Oração
Mães espirituais oram. Se você orar, Deus vai falar com você. Muitas mães agem de modo natural com seus filhos, não são intencionais em treiná-los, não investem no ensino da Palavra, talvez porque ainda não entenderam o propósito profético que eles têm.
Como mãe espiritual temos também a responsabilidade de orar por nossos filhos.
Gerar também significa orar e isso muitas vezes vai te custar alguns desconfortos. Não existe nascimento, se não houver dor.
Rebeca no seu desconforto, orou ao Senhor. Assim como ela, precisamos aprender ir para a fonte certa, onde encontraremos todas as respostas, inclusive sobre o futuro e o chamado de nossos filhos.
Não se constrói nada sem oração. Quando oramos pelos nossos filhos, demonstramos que dependemos de Deus para discipliná-los e conduzi-los a Cristo. Demonstramos que nada sabemos, mas cremos no agir poderoso de Jesus sobre a vida deles.
Orar é uma demonstração de amor, quem ama ora e busca em Deus as respostas.
2 – Discernimento
Quando Deus falar com você, vai haver discernimento. É como um desvendar de mistérios, como se seus olhos fossem abertos e você visse o futuro. Rebeca orou, ouviu a voz de Deus, viu o futuro, e por isso ela discerniu.
Precisamos depender de Deus no exercício da nossa maternidade, pois naturalmente falando somos deficientes em suprir as necessidades espirituais de nossos filhos, mas uma mãe que ora, vai além, pois a oração é a expressão máxima de alguém que depende de Deus.
Deus falou com Rebeca sobre o futuro daquelas duas crianças que estavam em seu ventre, a partir dai ela entendeu a maravilhosa missão concedida a ela, treiná-los para o cumprimento do seu propósito. E. Foi isso que ela fez.
Por isso, é importante discernir e não olhar para o natural. Infelizmente temos a tendência de sermos imediatistas, queremos ver os frutos hoje, mas sabemos que não é assim. Os frutos virão no tempo certo, apenas persevere fazendo o que Deus te chamou para fazer: gerar filhos para Ele.
3 – Intencionalidade
A Bíblia conta, que após o nascimento dos seus filhos, Rebeca trouxe Jacó para perto e o treinou. Ele era o filho mais novo, porém havia uma palavra sobre ele, Deus havia falado com ela que ele seria mais forte e que seria o cabeça de seu irmão. Como isso iria acontecer? Com certeza Rebeca não sabia, mas ela creu e investiu para que a promessa de Deus se cumprisse.
Gn 27: 6-8 ARA
6 Então, disse Rebeca a Jacó, seu filho: Ouvi teu pai falar com Esaú, teu irmão, assim: 7 Traze caça e faze-me uma comida saborosa, para que eu coma e te abençoe diante do Senhor, antes que eu morra. 8 Agora, pois, meu filho, atende às minhas palavras com que te ordeno.
Nesse texto, vemos que existia uma urgência no coração de Rebeca. Jacó estava sempre perto, e ela o conduziu para que ele recebesse a benção. Tanto ela quanto Jacó, valorizaram a benção da primogenitura. Isso é muito poderoso! Ela conseguiu imprimir no seu filho o que realmente tinha valor.
Precisamos entender que as coisas não acontecem do acaso, uma mãe intencional pode fazer a diferença na vida de seu filho, em todas as áreas.
Óbvio que o que Rebeca fez foi errado, mas o foco não está no que ela fez, mas sim na sua intencionalidade. A pergunta é: sabendo do propósito grandioso que nossos filhos têm, o que temos feito para investir nele?
Pra. Laizze Carvalho