Relataram a Moisés e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e, verdadeiramente, mana leite e mel; este é o fruto dela. O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades, mui grandes e fortificadas; também vimos ali os filhos de Anaque. Os amalequitas habitam na terra do Neguebe; os heteus, os jebuseus e os amorreus habitam na montanha; os cananeus habitam ao pé do mar e pela ribeira do Jordão. Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela. Porém os homens que com ele tinham subido disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós. E, diante dos filhos de Israel, infamaram a terra que haviam espiado, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra que devora os seus moradores; e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura. Também vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos. (Nm 13.27-33)

Este é o ano da restituição, mas sempre que Deus vai nos dar algo, ele o fará pela fé e a fé não olha para a circunstância, ela olha para a promessa. Precisamos tomar muito cuidado, porque a incredulidade muitas vezes é vista como bom senso. Se olharmos para os argumentos dos espias incrédulos, você verá que o povo ficou do lado do que acharam que tinha mais “bom senso”.

Olhando o quadro, realmente não se poderia avançar para conquistar a promessa. Mas olhando para Deus, poderiam ver a realização da promessa. Muito cuidado neste ano de restituição para que satanás não te leve para incredulidade dando a ela o nome de sabedoria e bom senso, fique com os olhos firmes na promessa.

Deus me disse que quer nos abençoar muito, mas que precisamos crer. A questão é que entre a promessa das restituições que Deus tem para nós este ano e a posse delas, existem fortalezas espirituais.

Satanás levanta fortalezas espirituais contra cada um de nós uma vez que saímos do seu domínio e avançamos para tomarmos posse do que havia sido roubado. Jericó era uma fortaleza com suas altas muralhas e estava no meio do caminho impedindo que Israel entrasse na posse dessa promessa. Há uma fortaleza entre você e a sua restituição, mas ela vai cair em nome de Jesus.

O povo deve entrar e possuir a terra que mana leite e mel, mas o inimigo está bloqueando o caminho. Graças a Deus que as armas da nossa milícia são poderosas em Deus para destruir fortalezas.

Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo. (II Co 10:4-5)

O inimigo tem levantado grandes e altas fortalezas contra os filhos de Deus, mas o Senhor já nos garantiu a vitória e a restituição em dobro de tudo o que foi roubado e perdido.

Ora, Jericó estava rigorosamente fechada por causa dos filhos de Israel; ninguém saía, nem entrava. Então, disse o SENHOR a Josué: Olha, entreguei na tua mão Jericó, o seu rei e os seus valentes. Vós, pois, todos os homens de guerra, rodeareis a cidade, cercando-a uma vez; assim fareis por seis dias. Sete sacerdotes levarão sete trombetas de chifre de carneiro adiante da arca; no sétimo dia, rodeareis a cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as trombetas. E será que, tocando-se longamente a trombeta de chifre de carneiro, ouvindo vós o sonido dela, todo o povo gritará com grande grita; o muro da cidade cairá abaixo, e o povo subirá nele, cada qual em frente de si. (Js 6.1-5)

1. O decreto divino.

Deus disse a Josué: “Olha, entreguei na tua mão Jericó, o seu rei e os seus valentes” (Js 6.2).

Jericó simboliza qualquer coisa que você precisa conquistar ou restituir: pode ser a restauração do seu casamento, da sua saúde, a libertação de uma opressão, a liberação financeira, etc.

As fortalezas são as mesmas porque o inimigo é mesmo, mas o Senhor disse que nós já vencemos. Não somos triunfalistas, apenas cremos no triunfo de Cristo.

A primeira coisa que precisamos saber é que o Senhor já fez, já entregou o inimigo. O diabo já está derrotado. O Senhor já entregou para você a vitória da restituição, mesmo que Jericó ainda esteja fechada diante de seus olhos.

O Senhor diz para olharmos e vermos essas coisas já realizadas. O verbo está no passado, já te entreguei Jericó. Essa é a palavra de certeza que o Senhor nos dá de que toda fortaleza será destruída.

Jericó parecia que não podia ser conquistada, as muralhas pareciam intransponíveis, mas o Senhor já a tinha entregado. As circunstâncias podem parecer desesperadoras, mas Deus já liberou a palavra de vitória a respeito da restituição na sua vida, e isto é suficiente.

A fé vê o que Deus já fez. “Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí.), perante aquele no qual creu, o Deus que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem”. Romanos 4.17

2. É preciso proclamar a restituição – Tocar a trombeta.

O Senhor manda que sete sacerdotes toquem trombetas de chifres de carneiro. Essas trombetas são chamadas de shofar. O que elas representam? O carneiro aponta para Cristo.

Para se ter o chifre o carneiro precisa ser morto, assim a trombeta de chifre de carneiro, quando tocada, anuncia a morte do Senhor. Na escritura o chifre também simboliza poder, há grande poder quando anunciamos a morte do Senhor.

Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados por toda a terra.(Ap 5.6)

Apocalipse 5 nos mostra que quando o cordeiro que foi morto chega, o livro é aberto. Ele tinha 7 chifres porque recebeu TODO o poder. Assim tocar a trombeta significa declarar ao inimigo o que Cristo é e o que Ele fez, isto é proclamar a vitória total e completa do Senhor.

É preciso tocar a trombeta. É preciso proclamar que na sua morte Ele triunfou sobre a morte e todo tipo de maldição, isso faz manifestar a vitória. É necessário proclamar a obra consumada para receber a restituição.

Precisamos confessar a Palavra. Diferente do mundo, que confessa o que o homem faz, o que o diabo faz, nós confessamos o que Cristo fez.

As trombetas estão declarando tudo o que o Senhor conquistou para nós na Cruz do Calvário e como ele “despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Cl 2.15).

Quanto a ti, Sião, por causa do sangue da tua aliança, tirei os teus cativos da cova em que não havia água. Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; também, hoje, vos anuncio que tudo vos restituirei em dobro.(Zc 9.11-12)

Estamos presos nessa esperança e promessa: “de tudo seremos restituídos em dobro”. Está decretado.

3. É necessário crer até o final – Sete vezes

As muralhas não caíram porque as trombetas foram tocadas uma vez. Foram sete dias. O sete nos fala de um tempo completo.

Precisamos proclamar a morte e a vitória do Senhor vez após vez até que a muralha caia, até que a restituição aconteça. FALE PODEROSAMENTE.

Não ore apenas uma vez, ore até cair, até acontecer. Jesus orou três vezes com as mesmas palavras. Paulo também orou três vezes, que tem o mesmo significado do sete. Orou completamente, até cair, até acontecer. Não pare, não desanime, não faça da oração um problema, dizendo que se orar segunda vez vira incredulidade.

Não é o número em si, é orar, proclamar a obra de Cristo na sua vida, na sua família, na vida da igreja, até que a restituição aconteça naquela área. Não fale o que você está vendo ou sentindo, nem fale a sua opinião, fale a Palavra. Vai acontecer.

Lembre-se sempre que o shofar não tem algum poder nele mesmo. Ele é apenas um símbolo. Não precisamos voltar à sombra quando temos a substância, a realidade. Não use objetos como se fossem fonte do poder de Deus. Isso é apenas superstição religiosa.

4. Cristo deve ser o centro da restituição – A Arca deve estar no centro.

Quando o povo de Israel rodeou Jericó os sacerdotes com a trombeta iam adiante da arca e também os soldados armados. Isso significa que a Arca ficava no centro.

Você é o sacerdote, você pode tocar a trombeta porque se tornou em Cristo. Mas também tinham os soldados, porque você tanto é o sacerdote quanto o soldado do exército de Cristo, você pode tocar a trombeta e será ouvido. Quando colocamos Cristo no centro podemos tocar a trombeta que certamente a muralha cairá, a restituição acontecerá.

Cristo sempre deve estar no meio. Onde estiverem dois ou três Ele está no meio. João viu Cristo em apocalipse no meio, ele é a terceira dobra, ele é o terceiro homem na fornalha, foi crucificado no meio de dois ladrões.

Se você tem algo para ser restituído precisa trazer a arca para o meio, você tem que colocar Cristo no meio da sua questão. Você precisa orar e ler a palavra todo dia. Faça um teste e veja a diferença que vai acontecer. O seu dia vai render, as coisas vão acontecer.

Quando você não faz isso a benção não vem, porque a arca é a benção. Existem forças espirituais que estão atacando a sua vida e a sua casa, mas também existe a arca, a presença de Deus.

Você precisa ser cheio do Senhor para poder enfrentar as obras do diabo. Você está na graça, mas precisa orar sim. O diabo está ao derredor tentando atacar. Você precisa orar pelos seus filhos, pelos seu casamento.

Você precisa separar, que seja 15 minutos para orar e ler a palavra, diariamente, você verá o poder de Deus. Antes de procurar o homem, chame a sua família e ore.

Deus poderia destruir os muros da cidade num instante, todavia ele escolheu fazê-lo com a nossa participação, cooperação. Ele deseja que aprendamos com ele no processo da restituição. Sem ele não podemos coisa alguma, mas ele quer fazer junto conosco.

5. A fé para a restituição vem por ouvir – A trombeta precisa ser ouvida primeiro.

No verso 10 o Senhor manda que todo o povo fique em silêncio enquanto as trombetas tocarem.

Porém ao povo ordenara Josué, dizendo: Não gritareis, nem fareis ouvir a vossa voz, nem sairá palavra alguma da vossa boca, até ao dia em que eu vos diga: gritai! Então, gritareis. (Js 6. 10)

Precisamos prestar atenção ao que as trombetas estão declarando. Ninguém deveria falar, mas todos devem ouvir. Precisamos receber primeiro tudo o que as trombetas proclamam a respeito de Cristo e de sua obra vitoriosa sobre o inimigo. Isso é assim porque não é qualquer grito que derruba a muralha e traz restituição, é o grito da fé.

Primeiro precisamos ganhar fé ouvindo a mensagem para depois gritarmos em fé a restituição. Eles deveriam ouvir por seis dias e só no sétimo deveriam gritar. Se gritassem antes disso nada aconteceria. A trombeta é: o cordeiro morreu.

Há momentos em que tocamos a trombeta, mas há outros em que ouvimos a trombeta soar. Em outras palavras, precisamos ouvir a pregação.

Agora, porém, irmãos, se eu for ter convosco falando em outras línguas, em que vos aproveitarei, se vos não falar por meio de revelação, ou de ciência, ou de profecia, ou de doutrina? É assim que instrumentos inanimados, como a flauta ou a cítara, quando emitem sons, se não os derem bem distintos, como se reconhecerá o que se toca na flauta ou cítara? Pois também se a trombeta der som incerto, quem se preparará para a batalha? (I Co 14.6-8)

Se você quer que a sua Jericó caia é muito importante ouvir o som da trombeta.

Paulo diz claramente que essa trombeta é a revelação, o conhecimento, a profecia e o ensino. Não despreze a pregação da palavra, se você não ouvir não terá fé para gritar o grito da vitória.

É muito importante deixar que a mensagem ganhe vida dentro do seu coração. E isso acontece quando ouvimos. A maneira de Deus liberar suas restituições é por meio da pregação. Mas é necessário lembrar que não é porque alguém está pregando que está tendo a pregação que traz a fé. Ela só acontece de fato quando Cristo é pregado.